Vamos à história.
Um dia, a professora resolveu que os trabalhos escolares dali em diante seriam realizados em grupo ou em duplas. Ela anunciou à turma, e obviamente todos ficaram contrariados, mas não teve jeito. A professora estava decidida. Queria vê-los trabalhando juntos, buscando coletivamente resolver os problemas e usando suas habilidades para ajudar as dificuldades do outro colega, e vice-versa. Além disso, tinha uma regra: era ELA, a professora, que decidiria os componentes do grupo. Quando? Sempre! O descontentamento foi geral, mas ela usou sua AUTORIDADE e assim foi feito.
A aluna A era melhor amiga da aluna B. Elas se sentavam sempre juntas, passavam o intervalo conversando e, nas redes sociais, eram inseparáveis. Só que, no primeiro trabalho, que seria em dupla, a professora decidiu que A faria o trabalho com G.
A não tinha nenhuma intimidade com G, porque ela passava o tempo inteiro com B, então, no começo, foi muito difícil. Mas, durante a realização da atividade, ela soube que G também era criado pela avó como ela, e que tinha muita dificuldade para acordar cedo, pois ficava até tarde assistindo à mesma série que A adorava. Então, eles passaram a indicar outras séries um para o outro e a comentar sobre seus episódios favoritos.
No segundo trabalho, A teve que se reunir com os alunos D, F e J. Acontece que A não ia com a cara de F, e ficou preocupada, mandando mensagem para B, que disse pra ela ficar tranquila, que daria tudo certo, embora ela também sentisse sua falta. A também enviou mensagem para G, porque agora eles eram próximos, e G disse que F era gente boa, pra ela ficar tranquila. Então, durante as atividades em grupo, A descobriu que F estava sofrendo muito com a situação econômica da família, porque o pai estava desempregado, e a mãe trabalhava em 2 empregos. As discussões em sua casa eram diárias, e A ficou triste por ela, e disse que, se soubesse de qualquer vaga de emprego, indicaria para o seu pai. F ficou muito feliz, e as duas começaram a estreitar os laços.
O próximo trabalho, A, fez com M, O, Q, S e U. Esse foi o seu maior desafio, porque A teve uma discussão com O no começo do ano. Então A mandou mensagem para B, para G, D, J, e agora para F, e todos eles a acalmaram, e B disse que continuava sentindo sua falta, mesmo que agora também tivesse ficado muito próxima de C, E e I.
Então, com o decorrer do trabalho, ela pôde se aproximar de M, S e U. Ela até tentou uma aproximação com O, mas não teve jeito, porque O não queria nenhum contato.Mesmo com a intervenção da professora, O se mostrou resistente até o final. B, G, D, F, J,M, Q, S e U também tentaram ajudar, mas O não deu nenhuma abertura para conciliar.
Bom, depois de todos esses trabalhos, A, sempre que precisava, mandava mensagens para B, G, D, F, J, M, Q, S e U. Ah… passou aincluir no seu grupo também C, E, I, H, K, L, N, P, R, T, V, W, Y e Z, porque B, G e F apresentaram todos eles para A.
A até agradeceu à professora por não ter cedido à pressão da turma, e ter usado toda sua AUTORIDADE para mudar a dinâmica dos trabalhos. Afinal, agora ela é próxima de um monte de gente com quem ela estudava todo dia, mas que,na verdade,ela nem conhecia.
Então… A só não envia mensagens para O. Pelo menos por enquanto, afinal, só estamos em junho, e, até dezembro, vai ter MUITO trabalho em grupo, vai saber…
PS: Baseado em uma experiência real.
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