Olá Juliana! Poderia apresentar-se? (idade, onde nasceu, onde reside, e local onde atua profissionalmente?)
Tenho 30anos, nasci em moro até hoje em Fortaleza, no Ceará. Atuo profissionalmente em Fortaleza, presencialmente, e meu trabalho consegue chegar em pessoas de todo o Brasil e do mundo através da internet.
Você é uma ilustradora. Desde criança desejava trabalhar nessa área? Em que momento começou a desenhar profissionalmente?
Assim como muitos colegas ilustradores, eu desenho desde criança, mas só descobri que ilustração era uma profissão na faculdade – através do projeto de extensão Bolsa Arte Moda (UFC), que é ativo até hoje. Antes disso, eu não fazia ideia do que“ser quando crescer” haha. Recebi minha primeira encomenda de desenho em 2011, quando comecei a divulgar meus trabalhos nas redes sociais, e considero que meu inicio como profissional se deu a partir daí.
Antes da ilustração, você teve outros trabalhos? Qual foi seu 1º emprego?
Eu sou Bacharel em Design de Moda, então estagiei em algumas empresas de moda como designer, designer de estampas e social media antes de começar a trabalhar com o que eu realmente gostava.
Você tem boas memórias da escola? A escola foi um local onde você pôde se expressar artisticamente?
Com certeza! Apesar de só ter tido aula de Artes até a quarta série do ensino fundamental, as escolas onde estudei sempre foram um espaço de muito incentivo, seja através de gincanas e semanas culturais, seja através de concursos culturais, seja através das palavras de incentivo de colegas e funcionários que viam meus desenhos. Eu lembro de um professor em específico que me deu um ponto porque eu tinha feito um desenho dele no final da prova hahahaha!
Você se considera uma pessoa mais introvertida ou extrovertida? O trabalho de uma ilustradora, é um trabalho solitário?
Definitivamente extrovertida! O trabalho de ilustradora pode ser solitário em alguns momentos, mas há também a opção de partilhar esses momentos com colegas – seja dividindo um estúdio, através de uma videochamada,transmitindo seus processos criativos para a audiência através de uma live, por exemplo.
Você demorou a conseguir um retorno financeiro com a ilustração, ou não? Como você enxerga esse mercado de trabalho?
O retorno financeiro demorou a chegar pra mim por uma série de fatores, como eu não me dedicaria integralmente a isso, ter começado a trabalhar com ilustrações enquanto finalizava a graduação, não ter tido instruções profissionais sobre o mercado, e não haver tanta informação e cursos sobre isso como temos hoje. O mercado é muito receptivo e tem espaço para todos, já que as frentes de atuação são diversas: jogos, embalagens, têxteis, webdesign, editorial, livros infantis, didáticos, publicidade…
Você percebe que suas emoções interferem em suas ilustrações? Já teve algum dia em que não quisesse desenhar?
Com certeza. Quando não estou em um bom dia, não sinto vontade alguma de desenhar. Por outro lado, às vezes só consigo lidar com os sentimentos quando rabisco alguma coisa no papel.
Tem algum sonho ou projeto específico, que ainda não realizou profissionalmente?
Gostaria de começar a trabalhar com o mercado internacional de livros infantis,e estou trabalhando nisso 🙂
O que sua profissão tem de mais bonito para você? E o que ela tem de mais desafiador?
Pra mim, a parte mais bonita é poder traduzir em imagens um sentimento, uma história, algo que está em texto, e conseguir tocar as pessoas com isso através desta linguagem, que é universal. O mais desafiador é a organização e a estabilidade financeira, pois enquanto freelancer, cada mês é uma caixinha de surpresas!
Para finalizar, poderia nos indicar um livro, e um filme que tenham sido marcantes para você?
Claro! O livro foi Ensaio sobre a Cegueira, e o filme foi Capitão Fantástico
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